A Ambev irá doar os cilindros para hospitais e secretarias de saúde do Estado de São Paulo, onde a taxa de utilização de leitos de UTI ultrapassou 90%

Ambev adapta cervejaria para produzir e doar oxigênio hospitalar em SP
Imagem: João Allbert/Agif/AFP

O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (22) uma parceria com a Ambev. A empresa vai adaptar parte de uma de suas cervejarias para torná-la uma usina de oxigênio hospitalar.

A fábrica a ser convertida está localizada em Ribeirão Preto e foi originalmente projetada para produzir a Colorado, uma das marcas de cerveja da empresa.

Assim, os cilindros serão doados a hospitais e secretarias de saúde de São Paulo. Já que, a unidade de terapia intensiva (UTI) do estado tem uma taxa de utilização de leitos superior a 90%.

“Fornecedores garantiram o abastecimento de oxigênio para os leitos de UTI do nosso estado de São Paulo. A Ambev se prontificou a criar, num prazo de 10 dias, uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto e doar integralmente a produção, que será suficiente para 120 cilindros por dia”, disse Rodrigo Garcia, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

“Também a Copagaz utilizará a sua frota, que distribui hoje botijões de gás, para o transporte e a logística de oxigênio. Esse esforço do governo de São Paulo é para atender a rede estadual de hospitais, mas também leva em conta as redes municipais de hospitais públicos, a rede de entidades filantrópicas –as nossas Santas Casas– e também a rede privada”, acrescentou.

Ambev e a Produção de Cilindros de oxigênio hospitalar

Além disso, na fábrica da Ambev serão fabricados 120 cilindros por dia — o que é suficiente para até 166 pessoas diariamente. A produção deve iniciar já no começo de abril e ela será operada pelos times da própria Ambev, que trabalharão em turnos, 24h por dia.

“Equipamentos já estão sendo adquiridos e a expectativa é que a produção comece no início de abril”, informou a Ambev, em nota.

O Brasil vive o pior da pandemia Covid-19, com uma média de mais de 2.000 mortes todos os dias. Além disso, o número de leitos de UTI na maioria dos estados está próximo do limite. Assim, gerando preocupações com a escassez de oxigênio ocorrida em Manaus no início deste ano.

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