Dinheiro é usado apenas em 20,5% das compras, segundo FIS
Um relatório global sobre meios de pagamento do FIS, que é referência em tecnologia de pagamento eletrônico, indica que a participação do dinheiro físico deve ser minimizada nos próximos anos

Com o desenvolvimento das compras online durante a pandemia, o uso de dinheiro físico caiu drasticamente. Já que, de acordo com WorldPay from FIS, uma das maiores empresas de tecnologia de pagamento do mundo, essas cédulas representam apenas 20,5% do volume total de transações no ponto de venda. Em relação a 2019, o volume de transações caiu 32,1%.
Segundo a EXAME, no último relatório de tendências de meios de pagamento globais, a empresa mostrou que no Brasil um terço das pessoas com mais de 16 anos não tem conta em banco.
Em 2020, apenas 35% das transações usarão notas, em comparação com 47% no ano passado.
“A preferência pelo uso do dinheiro físico respeita uma equação complexa que envolve aspectos culturais, político-regulatórios, econômicos, tecnológicos e sociais. Enquanto em países como os Estados Unidos (12%) e China (13%) o dinheiro é cada vez menos utilizado, no Brasil está à frente de mercados considerados maduros, como a Alemanha, onde o dinheiro físico ainda é o método de pagamento preferido em 44% das vendas”, afirma Juan Pablo D’Ántiochia, gerente-geral da Worldpay from FIS para a América Latina.
Globalmente, apenas 20,5% das notas são utilizadas no volume total da transação no ponto de venda. Em relação a 2019, o volume de transações caiu 32,1%.
Na América Latina, o uso de dinheiro em espécie, que é a base do comércio latino-americano, cairá drasticamente (35%) até 2020.
Cartões
As diversas formas de pagamento com cartão foram responsáveis pelo aumento da participação do financiamento de PDV em 2020. Os cartões de crédito aumentaram 17% em relação a 2019, atingindo 26,1% das despesas em 2020, enquanto os cartões de débito atingiram o total de transações 23,2% do valor .
Fora da região, à medida que o parcelamento se tornou uma realidade recente, o financiamento em PDV está ganhando impulso.
“Empresas como a Klarna e Afterpay crescem a ritmo acelerado ao oferecer soluções de crédito no check-out, algo realmente inovador em alguns mercados onde pagamentos parcelados não eram comuns, como nos Estados Unidos e Reino Unido”, afirma Juan Pablo D’Ántiochia, gerente-geral da Worldpay from FIS para América Latina.
Mesmo assim, o cartão de crédito não deve continuar sendo o meio de pagamento que deve crescer nos próximos três anos. De acordo com esta pesquisa, carteiras digitais e cartões de débito são os únicos métodos de pagamento no e-commerce que devem crescer até 2024.
Os cartões de crédito, transferências bancárias, pagamento na entrega e serviços pós-pagos irão gradualmente declinar na participação de pagamentos de comércio eletrônico.
Essa tendência também foi observada na área de consultoria Visa. As empresas de cartões acreditam que a implantação de tecnologias de segurança beneficiará as transações virtuais em 2020 e deve continuar a ser popular.
“O débito aqui deve crescer cada vez mais, principalmente na internet. É um ponto que a gente tem fomentado, principalmente o uso dele dentro dos e-commerces e marketplaces. A gente entende que vai ter um equilíbrio maior nos próximos anos”, afirma Oscar Pettezoni, diretor executivo da Visa Consulting & Analytics.
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