Mercado de voz cresce no Brasil, impulsionado por assistentes virtuais e ClubHouse
Mercado de Voz está em acessão. Já que, só no Brasil, 40% dos consumidores já utilizam as assistentes de voz para fazer buscas na internet
O Clubhouse é uma nova rede social apenas de áudio e disponível apenas para iPhone (iOS). O sucesso da rede social se deu devido a inesperada conversa entre o bilionário da tecnologia Elon Musk e o presidente-executivo do aplicativo de investimentos Robinhood, Vlad Tenev. Já que, a conversa secreta iniciou uma corrida por convites de acesso ao serviço exclusivo.
Além disso, a Clubhouse também têm despertado o interesse de grandes empresas de tecnologia. De acordo com a reportagem do “New York Times”, o Facebook vem desenvolvendo uma plataforma semelhante ao aplicativo de áudio.
O sucesso do Clubhouse só deixa mais evidente um mercado novo que está em acessão: o mercado de voz. À primeira vista, isso não parece nada novo, porque já existem assistentes de voz inteligentes, como Alexa da Amazon, Siri da Apple e Google Assistant. Por exemplo, o que distingue essas tecnologias das novas redes sociais atuais não é o formato. Mas, sim a capacidade de atrair o público e, consequentemente, a atenção dos consumidores.
Mercado de voz está em expansão
Segundo o Rapha Avellar, fundador e sócio da Adventures Inc., “não é sobre a ferramenta, formato ou funcionalidade, pois tudo isso é passageiro. O motivo pelo qual nós e essas empresas demos atenção para o mercado da voz nos últimos anos, e daremos também pelos próximos, é por que a voz detém a atenção das pessoas”,
Ele acrescenta que: “Por ser um mercado novo, no qual poucas marcas estão aproveitando as oportunidades, seja por meio do e-commerce por voz, criando conteúdos originais ou patrocinando podcasts, investir nesse setor ainda é bem mais barato.”
De acordo com um estudo da DAX, 86% das agências e 66% dos anunciantes na plataforma de vendas de publicidade digital do Reino Unido consideram o áudio digital uma parte importante de sua estratégia de mídia.
Além disso, segundo pesquisas das duas empresas, com a popularidade dos podcasts e dos assistentes de voz, a empresa também espera que seu investimento em áudio digital aumente 85% no ano passado.
De acordo com pesquisa realizada pela Adventures, 40% dos consumidores no Brasil já utilizaram assistentes de voz para fazer buscas na internet. Além disso, a expectativa é que, até 2023, grande parte dos consumidores em todo o mundo fará compras por meio de assistentes virtuais.
Comando por voz
No passado, o telefone era a única maneira de pedir pizza além de ir ao restaurante pessoalmente. Hoje, com aplicativos como Rappi e iFood dominando o mercado de entrega de alimentos, as coisas parecem ter mudado, certo? Não completamente.
No Brasil, a Domino é uma das maiores redes de pizzarias do mundo e sua voz se tornou a principal fonte de novas tecnologias. Segundo a empresa, vão revolucionar o mercado de food service.
A empresa escolheu a cantora Jojo Toddynho como dono da voz que fala com os clientes e os ajuda a fazer pedidos pela Internet. O serviço foi lançado em janeiro e está disponível em smartphones com aplicativos Google Assistant ou Alexa.
Para fazer um pedido, basta dizer “Alexa, inicie o Domino’s” ou “OK Google, fale com o Domino’s”. Em seguida, limpe a conversa fácil entre o cliente e a artista. A artista acompanhará o consumidor durante todo o processo, forneça dados de registro e conclua o pedido.
A Disney também obteve essa informação e lançou a campanha “Dia das Crianças” em 2020, que usa interação com assistentes pessoais. O projeto envolve ações nas redes sociais para promover a imersão nos personagens da empresa por meio da narrativa interativa por voz. Além disso, a ferramenta permite que as histórias sejam acionadas por comandos de voz.
Assim como Domino, a campanha da Disney também foi assumida por Rapha Avellar.
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